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Volatilidade abre janela estratégica para investimentos, dizem gestores de Private Equity Adicionado em 12/11/2020
 
A volatilidade imposta pela instabilidade política e exposição cambial aumentam o prêmio de risco para investir no Brasil, mas também abre uma janela estratégica, defendem gestores de Private Equity. “Os melhores investimentos da Carlyle no Brasil foram em ambientes macroeconômicos ruins, em 2009 e 2015, quando o país estava em apuros. Isso não é empecilho”, afirmou Fernando Borges, diretor-gerente do fundo, durante um painel da ABVCAP Experience. 

A desvalorização do real sobre o dólar, de cerca de 200% nos últimos sete anos, cria um ambiente propicio para investimentos de risco e com amplo potencial de retorno, concorda Jean-Marc Etlin, partner da CVC. “Nos momentos mais críticos, quando há desequilíbrio da moeda, são também apropriados para investir. É a hora de entrar em um bom preço e apostar em empresas que, posteriormente, serão bem sucedidas”, justifica. 

A análise de risco dos gestores em relação ao Brasil também vale para outros emergentes, que compartilham  características políticas, sociais e econômicas. “O que há em comum são alguns traços. Primeiro, analisamos o risco político, que aumenta conforme o momento do país, depois, o risco cambial”, diz Frank Morgan, presidente da Coller Capital. 

Segundo Borges, os riscos político e cambial são variáveis involuntárias e que escapam ao controle dos gestores. Por isso, defende, “é importante focar no que se pode controlar”. “Olhamos se a empresa é competitiva, sustentável a longo prazo, se tem boa gestão, como será a saída e o seu componente digital”, exemplifica. 

Sobre o momento para a saída do fundo de um negócio, a volatilidade também é apontada como fator de atenção. Para Jean-Marc Etlin, partner da CVC, “é preciso ser muito rápido”. “Não é o ideal, mas se você está lucrando, é hora de falar tchau”, diz. “A volatilidade dificulta a nossa atuação pois aumenta os limites de exposição (…) Quando se consegue mitigar o impacto do retorno, isso é útil", argumenta. 

Compromisso sustentável 

Outra particularidade de investir no Brasil, reforçada pelo protagonismo ambiental, é o destaque de ativos considerados sustentáveis, reforçam os gestores. “Temos uma responsabilidade em relação ao retorno de capital dos investidores, mas eles se preocupam com outras coisas também: como cuidamos das pessoas, a diversidade e o meio ambiente”, explica Etlin, da CVC. E acrescenta: “é nossa responsabilidade olhar para esse lado”.

Na mesma linha, Frank ressalta que os fundos de Private Equity estão encabeçando os principais investimentos que respeitam práticas ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês). “Alguns fundos norte-americanos nos perguntaram por que faríamos isso. Mas sabemos que precisamos abrir mão de um pouco de retorno para fazer a coisa certa.”

O tema da sustentabilidade não é novo, mas tem ganhado relevância, reforça Borges. Já a postura do governo brasileiro não tem atendido às expectativas, pondera o presidente da Carlyle. “Independentemente do que está sendo feito ou deixado de ser feito no Brasil pelo meio ambiente, a percepção é de que o que o governo faz é ruim”, avalia. 



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