ABERTURA
Piero Minardi, Presidente da ABVCAP e Sócio-Diretor
na Warburg Pincus, realizou a abertura da edição de 2021 do evento Experience
ABVCAP destacando que R$ 33 bilhões já foram investidos em mais de 220 empresas
de Venture Capital e os fundos de Private Equity já devolveram, apenas em 2021,
mais de R$ 16 bilhões aos seus investidores.
KEYNOTE I PE&VC COMO DRIVER DE FORTALECIMENTO E RENOVAÇÃO DO MERCADO DE
CAPITAIS BRASILEIRO
Minardi passou a palavra para o Keynote Gilson
Finkelsztain, Presidente da B3, que destacou a grande diversidade de setores
que estrearam na bolsa brasileira esse ano. Segundo Finkelsztain, além dos
setores tradicionais, vimos a entrada de empresas de setores que não são tão
comuns na bolsa, como: Saúde, agro e tecnologia.
PAINEL I OS NÚMEROS DE PE&VC REFLEXÕES SOBRE AS PERSPECTIVAS E DESAFIOS
FUTUROS
Roberto Haddad, Sócio da KPMG, foi o mediador do
primeiro painel do Experience ABVCAP. Haddad iniciou a conversa compartilhando
números da pesquisa “Consolidação
de dados da indústria de Private Equity e Venture Capital” realizada
pela KPMG e ABVCAP.
Cristiano Lauretti, Sócio responsável pela área de
Private Equity da Kinea, destacou como o mercado de Private Equity vem
contribuindo ao longo dos últimos 30 anos para o crescimento do mercado de
investimento brasileiro, mas também apontou a importância que o mercado de
Venture Capital vem ganhando ao longo dos últimos anos. O executivo relembrou
que no ano de 2020 tivemos no Brasil 14 IPOs de empresas de Private Equity, o
que aponta para o início de um grande ciclo de crescimento, sendo um bom
momento de entrada para investidores.
Eric Acher, co-Fundador e Sócio da monashees,
apontou que a força empreendedora e a qualidade das empresas no Brasil estão
atraindo cada vez mais investidores. Acher informou que seus investimentos
estão focados em um prazo médio de 10 anos. O executivo lembrou que os
investimentos de Venture Capital são acíclicos, uma vez que as empresas são
criadas em momentos tanto em momento de alta quanto de baixa. Mesmo diante de
um ano de dúvidas e incertezas políticas, a perspectiva é muito positiva na
nossa região.
Santiago Fossati, Sócio da KASZEK, evidenciou que a
tecnologia tem possibilitado um momento de revolução global, onde as pessoas
podem sair dos seus empregos formais para empreender – a tecnologia do Uber
possibilitou que pessoas largassem empregos convencionais para ganhar dinheiro
dirigindo o próprio carro. Fossati aponta que estamos vivendo uma virada
cultural que atinge diversas camadas da sociedade e que isso tende a se
amplificar nos próximos anos.
PAINEL II ESG DO DISCURSO À PRÁTICA
Claudia Schaeffer, Global Energy Climate Change
& Latin America Energy Director da The Dow Chemical Company, destacou que
ESG não é uma tendência, é uma realidade que veio para ficar. Segundo ela, o
Brasil está no mapa global para exportar hidrogênio verde para a Europa e tem
muito espaço para expandir em geração de renováveis. Ela também destacou a
importância das empresas entenderem o seu papel dentro de uma cadeia de valor
com responsabilidade social e ambiental.
Luciana Ribeiro, Sócia fundadora da EB Capital,
destacou experiências no mercado e compartilhou pesquisas que mostram que
empresas mais adequadas aos princípios ESG trazem mais retorno, em um ciclo
virtuoso.
José Luis Pano, Impact Investing na Vinci Partners,
destacou a importância dos ecossistemas sustentáveis ao longo do tempo. Segundo
ele, a realidade nos atropelou e os investidores querem saber se o dinheiro
deles está sendo usado de maneira correta. Por isso, os gestores precisam estar
cada vez mais antenados.
KEYNOTE II O BRASIL NO CENÁRIO GLOBAL
Patrice Etlin, Sócio Advent International,
compartilhou um pouco de sua visão global, apontando que o Brasil está menos
atrativo do que Ásia e China, por exemplo, por causa da instabilidade política
e econômica. O investidor não está enxergando consistência nos mercados
emergentes, em especial no Brasil. Segundo Patrice para quem procura por
retorno absoluto, os melhores resultados ainda estão nos EUA, pois eles têm
muita alavancagem, tem um mercado de capitais eficiente e não tem
desvalorização da moeda.
KEYNOTE III
Chip Kaye, CEO do Warburg Pincus, foi entrevistado
por Piero Minardi e encerrou o dia destacando que não devemos cair na armadilha
de generalizar tudo, achando que tudo vai ser igual os EUA. Segundo ele, os
empresários em mercados emergentes muitas vezes precisam brigar contra a
gravidade. Para Kaye o mundo dos investimentos não é uma linha reta e os
interessados precisam saber como navegar mesmo durante as crises e
dificuldades.