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Entrevista com Laura Mello de Andrea Constantini | Sócia da Astella Investimentos Adicionado em 16/12/2021
 
Ninguém tem dúvidas de que 2022 será um ano difícil. Eleições, inflação e juros em alta antecipam uma maior aversão ao risco e desaquecimento econômico. Mas, para os gestores de Venture Capital e Private Equity, a digitalização da economia e as perspectivas de longo prazo do país devem falar mais alto. O Brasil deve se manter atrativo apesar das incertezas do curto prazo.

Confira o que estão pensando alguns dos principais gestores do país sobre as perspectivas para o ano que vem:


Podemos esperar mais um recorde de investimentos de VC em 2022?

Sim. Se olharmos a evolução do mercado Brasileiro, conseguimos constatar que o mercado de VC brasileiro é muito grande. Temos empreendedores second timers and third timers voltando a empreender e também os empreendedores first timers com qualificações e visões incríveis. Do lado da captação, os fundos têm conseguido aumentar seus recursos e base de asset under management, garantindo disponibilidade de capital para desenvolvimento e crescimento das startups e do ecossistema como um todo. Se olharmos os indicadores de funding para a classe de ativos e comparar com outros mercados do mundo, a gente percebe que ainda temos muito espaço para crescer.
 

Com eleições no Brasil e a possibilidade de subida dos juros nos EUA, os fundos globais de VC vão manter o interesse pelo País?

A taxa de juros é um concorrente para alocação em Venture Capital. Não podemos negar que parte do aumento de alocação em VC por investidores brasileiros veio da queda dos juros e da busca por um retorno maior. Em relação aos fundos globais, acredito que o Brasil será uma opção bastante viável porque a alocação de VC na economia é muito menor do que em outros mercados mais maduros, o que significa que a possibilidade de retorno pode ser maior.
 

Com a queda dos juros, muitos investidores mais tradicionais olharam para o venture capital como uma alternativa de investimento. Com a perspectiva de juros mais altos em 22 e em 23, a captação desses fundos pode perder ímpeto?

Não acredito que vá perder ímpeto. Acho que os gestores e investidores têm o entendimento de que a classe de ativos traz alguns benefícios a despeito dos juros como: caráter contracíclico ou menos dependente de políticas públicas e gestão macroeconômica e exposição a negócios disruptivos com crescimento exponencial.
 

Normalmente, tendo em vista que VC caminha meio descolado de questões políticas e econômicas, o que pode impactar positivamente ou negativamente o mercado de VC em 2022?

2022 é ano de eleição no Brasil. Toda sinalização em direção a construção de governos com preocupação em construir os alicerces que a sociedade brasileira precisa para crescer e aumentar competitividade global, será bastante bem-vinda. Alguns aspectos serão mais relevantes como a redução da máquina estatal para garantir condições melhores e reduzir barreira para mais crescimento e mais inovação. Estamos falando de redução de impostos e burocracia e clareza de regras e políticas de longo prazo. Outro ponto fundamental é o aumento de investimento do estado e melhoria de condições de investimento privado em pilares de desenvolvimento como educação e infraestrutura.

Fonte: Abvcap News - Dezembro 2021


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