Investindo no Brasil
Nossa resiliência econômica e diversidade criam um cenário promissor para investidores de todo o mundo.
Panorama atual
O setor de Venture Capital (VC) e Private Equity (PE) é um motor estratégico para o desenvolvimento econômico do Brasil. Por meio da injeção de capital inteligente em empresas com alto potencial de crescimento, esses investimentos impulsionam a inovação, a profissionalização da gestão e o fortalecimento da governança corporativa.
Apesar de jovem, o mercado de alternativos no Brasil é um dos mais sofisticados globalmente. Parte desse êxito é a interlocução e engajamento entre o mercado privado e órgãos reguladores e agências do governo. Ao longo da história da indústria vários marcos regulatórios tiveram impacto direto na expansão do mercado e melhoria no ambiente de negócios levando em consideração o aumento de investidores locais e estrangeiros assim como no crescimento sustentável das empresas brasileiras.
- Ambos os modelos compartilham o risco com os empreendedores, com o objetivo de agregar valor e gerar retornos expressivos a médio e longo prazo.
R$128 Bilhões
R$116 Bilhões
Destaques do mercado brasileiro
• Liderança regional em investimentos de VC&PE.
• Ecossistema maduro, com investidores, gestores e empresas experientes.
• Ambientes de inovação acelerada em áreas como fintechs, healthtechs, edtechs, games e mobilidade.
Histórico da Indústria
2003
2007
2008
2016
2017
2017
2018
2021
2022
2022
2023
2023
2024
Impacto
+R$245 Bilhões
+2777
O Brasil é a maior economia da América Latina e figura entre as dez maiores do mundo. Com setores fortes como agronegócio, energia renovável e tecnologia, o país vive uma transformação digital acelerada e se destaca em fintechs, healthtechs, edtechs, games e mobilidade.
Esse ambiente inovador já fez do Brasil o lar de mais da metade dos unicórnios da região e um dos destinos mais atrativos para investimentos de longo prazo.
Fundos de Venture Capital e Private Equity têm papel central nessa história: apoiam empresas que hoje fazem parte do nosso cotidiano, impulsionam inovação e fortalecem o mercado de capitais. Prova disso é que cerca de 40% das companhias que abriram capital na última década contaram com seus investimentos.
Com resiliência, diversidade e capacidade de gerar valor, o Brasil é um terreno fértil para investidores que buscam crescimento sustentável e oportunidades globais.
Private Equity
Os fundos de Private Equity (PE) são essenciais para empresas inovadoras e com potencial de crescimento. Eles têm diversificado seus investimentos, com um aumento expressivo nos setores de Tecnologia da Informação e Serviços Financeiros que, tradicionalmente, recebem capital de risco em busca de altas margens de retorno.
Além disso, a entrada em setores emergentes como saúde digital e tecnologias verdes é uma clara demonstração do impacto dos fundos de Private Equity no desenvolvimento e modernização dos mercados.
- Os fundos de PE também desempenham um papel fundamental na abertura de capital de empresas no Brasil. Esses fundos fornecem recursos e expertise para o crescimento das companhias, preparando-as para o IPO (Initial Public Offering), o que fortalece a governança corporativa e amplia o acesso ao mercado de capitais, gerando maior liquidez e oportunidades de expansão.
2020
2021
Venture Capital
Os fundos de Venture Capital (VC) são fundamentais para formar setores com potencial de alto crescimento e inovação. Nesta modalidade, gestores e investidores focam em startups que promovam inovação e transformação, com foco em soluções tecnológicas de impacto em diversos setores, especialmente as que possuem oportunidades de escalabilidade global.
Embora o Brasil ainda tenha menos unicórnios em comparação com outros países, como os EUA e China, o país ocupa uma posição de liderança na América Latina. Esse sucesso tem sido fortemente impulsionado pela participação ativa de fundos de VC, que fornecem capital e suporte estratégico para o crescimento acelerado dessas startups, levando muitas delas ao status de unicórnio.
- Os unicórnios (startups com valuation acima de US$ 1 bilhão) brasileiros têm se destacado no ambiente de inovação, impulsionando o ecossistema tecnológico do país ao desenvolver soluções disruptivas e atrair investimentos internacionais.
Startups Unicórnios Brasileiras
99
Primeira startup unicórnio do Brasil, a 99 é um aplicativo de mobilidade urbana que compete com outras gigantes do setor de ride-hailing. Em 2018, foi adquirida pela empresa chinesa Didi Chuxing, marcando a primeira aquisição completa de uma startup brasileira por uma empresa estrangeira.
C6 Bank
Banco digital que oferece contas sem taxas de manutenção, investimentos, crédito e conta internacional. Tornou-se unicórnio devido à sua rápida expansão e inovação em serviços financeiros. Recebeu um aporte significativo do JPMorgan Chase em 2021, impulsionando seu crescimento no mercado bancário digital.
CloudWalk
Plataforma de pagamentos que inclui a maquininha InfinitePay, focando em transações de baixo custo para pequenos comerciantes. Recebeu investimentos relevantes da Coatue e Valor Capital Group em 2021, consolidando-se entre as fintechs mais promissoras do setor de pagamentos.
Creditas
Fintech focada em crédito pessoal com garantias, oferecendo juros competitivos e soluções de financiamento imobiliário e automotivo. Recebeu aportes de fundos como SoftBank e VEF, o que possibilitou a expansão de suas linhas de crédito e produtos financeiros.
Dock
Plataforma que permite a criação de soluções financeiras customizadas para empresas, como emissão de cartões e processamento de pagamentos. Recebeu aportes de fundos como Lightrock e Silver Lake, e possui como um de seus principais acionistas a Visa.
Ebanx
Oferece soluções de pagamentos internacionais, facilitando transações entre consumidores latino-americanos e empresas globais de e-commerce. Em 2021, recebeu um investimento significativo do Advent International para expandir suas operações na América Latina.
Facily
Aplicativo de e-commerce social que incentiva compras coletivas para oferecer preços mais baixos. Captou um aporte significativo em 2021, atingindo o status de unicórnio com investimentos de Goodwater Capital e Rise Capital.
Frete.com
Startup de logística que conecta caminhoneiros e empresas para otimizar o transporte e reduzir ociosidade. Com aportes de investidores como SoftBank, ampliou sua rede de transportadoras e expandiu suas operações.
Gympass (Wellhub)
Plataforma de bem-estar corporativo que oferece acesso a academias e atividades físicas. Recebeu investimentos da SoftBank e General Atlantic, o que possibilitou sua expansão global com parcerias em diversos países.
Hotmart
Focada em educação digital, a Hotmart permite a criação, hospedagem e venda de cursos e conteúdos online. Com investimentos da TCV e GIC em 2021, fortaleceu sua presença global em educação digital.
iFood
Pioneiro em delivery de comida no Brasil, o iFood usa tecnologia para otimizar entregas. Com aporte majoritário da Prosus e Movile, ampliou suas inovações, incluindo entregas por drones e inteligência artificial.
Loft
Plataforma que agiliza a compra e venda de imóveis com o uso de tecnologia. Recebeu investimentos de Andreessen Horowitz e SoftBank, expandindo-se com a aquisição da CrediHome para fortalecer sua atuação em financiamento imobiliário.
Loggi
Oferece serviços de logística e entrega para empresas, conectando clientes e entregadores em todo o Brasil. Com investimentos da SoftBank e Monashees, expandiu sua infraestrutura logística e ampliou suas operações.
MadeiraMadeira
Marketplace de móveis e decoração que opera tanto como vendedor direto quanto como plataforma para lojistas. Recebeu investimentos da SoftBank e Dynamo, fortalecendo seu marketplace e integrando novas categorias de produtos.
Merama
Empresa que acelera marcas digitais no Brasil e América Latina, fornecendo capital e expertise para expansão. Criada com o apoio de fundos como Valor Capital e SoftBank, investe em aquisições para alavancar e-commerces regionais.
Mercado Bitcoin
A maior exchange de criptomoedas da América Latina, facilitando transações de ativos digitais. Em 2021, recebeu um investimento expressivo da SoftBank, o que possibilitou a expansão de suas operações.
Neon
Banco digital que oferece contas, investimentos e cartões de crédito como uma alternativa acessível. Se tornou unicórnio após rodadas de investimentos lideradas pela General Atlantic, ampliando sua oferta de serviços.
Nubank
Principal banco digital do Brasil, oferece conta digital e cartão de crédito sem anuidade. Em 2021, abriu capital na Bolsa de Nova York (NYSE) e recebeu investimentos de Berkshire Hathaway, consolidando sua presença global.
Olist
Plataforma que auxilia empresas a vender online, integrando lojas a marketplaces e oferecendo gestão de e-commerce. Com aportes de SoftBank e Goldman Sachs, expandiu-se e adquiriu outras plataformas para crescer no setor.
Pismo
Fornece infraestrutura para serviços financeiros, permitindo a bancos e fintechs implementarem soluções de pagamentos e crédito. Recebeu investimento da Amazon e SoftBank, expandindo suas operações para mercados internacionais, sendo aquirida pela Visa em 2023.
QuintoAndar
Plataforma que facilita a locação e compra de imóveis, dispensando fiador por meio de análise de crédito avançada. Com aportes da SoftBank, expandiu sua atuação e entrou em novos mercados, além de atuar também com venda de imóveis.
Unico
Especialista em biometria facial e soluções digitais de autenticação segura. Recebeu investimentos da SoftBank e General Atlantic, permitindo o desenvolvimento de novas soluções em segurança digital.
VTEX
Plataforma de e-commerce para criação de lojas online, integração com marketplaces e gerenciamento de pedidos. Fez sua abertura de capital na NYSE em 2021, captando recursos para expandir globalmente.
Wildlife Studios
Desenvolvedora de jogos mobile com alcance internacional. Recebeu investimentos de Benchmark e Bessemer Venture Partners, que possibilitaram sua expansão e desenvolvimento de games para o público global.
Corporate Venture Capital
O Corporate Venture Capital (CVC) é um relevante instrumento de investimento e inovação aberta, no qual corporações investem em startups. Esse modelo tem ganhado força nos últimos anos e, além de impulsionar a inovação e novos negócios estratégicos em um ambiente global competitivo, também visa gerar retorno financeiro para as empresas investidoras, de forma semelhante ao venture capital tradicional.
Em 2020, a ABVCAP criou o Comitê de Corporate Venture Capital para acelerar o desenvolvimento desse modelo nas corporações e no ecossistema de inovação brasileiro. O comitê busca disseminar boas práticas nacionais e internacionais, além de representar o setor junto a reguladores e ao governo, com o objetivo de aprimorar a legislação e fortalecer o ambiente de investimento. Em 2023, a ABVCAP, por meio dos Comitês de CVC e de Regulamentação, apresentou à CVM propostas de aprimoramento da Resolução nº 175, que regula os Fundos de Investimento.
- Segundo pesquisa da ABVCAP, a principal prioridade dos programas de Corporate Venture Capital (CVC) é a geração de novos negócios, com foco crescente em retorno financeiro e apoio às operações existentes. Isso indica uma evolução estratégica rumo a resultados mais concretos e imediatos.
Cases

A AGV Logística, uma das maiores provedoras de serviços logísticos 3PL do Brasil, passou por uma grande transformação com o investimento da Kinea. Operando sob um modelo “asset light”, a empresa implementou uma governança segmentada, dividiu suas operações em duas unidades de negócios – AGV Health & Nutrition e FMCG – e realizou fortes investimentos em tecnologia. Esses esforços resultaram em um aumento de 80% no EBITDA, expansão de 8,4 pontos percentuais na margem e uma multiplicação do lucro líquido por 7,8 vezes, culminando na distribuição de R$92 milhões em dividendos durante o período de investimento. Atualmente, a AGV mantém sua operação focada na logística integrada e segue expandindo sua atuação em mercados estratégicos no Brasil.

A App Prova, uma plataforma de testes educacionais voltada para melhorar o desempenho de estudantes em exames importantes, também se destacou com o apoio da e.Bricks Ventures. A receita recorrente da empresa cresceu de R$850 mil para R$3 milhões em dois anos, e sua equipe expandiu de 8 para 50 funcionários. O case culminou com a aquisição pela SOMOS Educação, que integrou a plataforma em seu sistema de ensino.

A BR Supply, especialista em gestão de suprimentos corporativos, alcançou resultados impressionantes com o suporte da CRP. Entre 2010 e 2016, sua receita cresceu 500% e o EBITDA aumentou 701%. A implantação de conselhos de administração e melhorias em governança garantiram maior escalabilidade e solidez ao negócio, que se tornou referência no segmento. Atualmente, a empresa continua consolidando sua liderança no segmento de gestão de suprimentos, atendendo a grandes corporações.

O Burger King Brasil foi transformado pela Vinci Partners de um projeto greenfield com pouco mais de 100 lojas para uma operação com mais de 800 unidades em 2019. O plano de expansão agressivo, que incluiu governança robusta e processos eficientes, resultou em uma receita líquida de R$2,3 bilhões em 2018, com crescimento médio anual de 45% desde 2012, além de um EBITDA de R$288 milhões no mesmo ano. Em dezembro de 2017, a empresa abriu capital na B3, consolidando-se como um dos principais players no setor de alimentação fora do lar.

A Celesc, estatal catarinense de energia, foi apoiada pela Angra Partners em sua jornada de melhoria de governança e eficiência operacional. Durante o período de investimento, o ROIC subiu de 5% para 12% ao ano, e o indicador DEC, que mede interrupções de energia, caiu de 14,7 horas para 10,7 horas. O desinvestimento foi concluído com a venda da participação para a EDP Brasil. A estatal catarinense segue como uma das principais distribuidoras de energia elétrica do Brasil e permanece listada na B3 desempenhando um papel relevante no setor elétrico. Atualmente, a Celesc mantém foco na modernização de sua infraestrutura e no aprimoramento de serviços para os consumidores.

A Forno de Minas, pioneira no pão de queijo congelado, diversificou seu portfólio para incluir croissants, waffles e massas recheadas com o apoio da Crescera. Entre 2010 e 2017, o faturamento cresceu de R$64 milhões para R$377 milhões, com um EBITDA de R$42 milhões em 2017. O case foi encerrado com a venda da empresa para a McCain, consolidando sua posição no mercado de alimentos congelados. Sob a nova gestão, a Forno de Minas expandiu ainda mais sua presença no mercado internacional.

O Grupo São Francisco, um dos maiores grupos de saúde do Brasil, foi apoiado pela Gávea Investimentos em sua expansão e melhoria de governança. Durante três anos, a receita mais que dobrou, o número de hospitais próprios quadruplicou, e a margem EBITDA cresceu 40%. O período incluiu 11 aquisições estratégicas. Em 2019, o Grupo foi adquirido pela Hapvida, uma das maiores operadoras de planos de saúde no Brasil. Suas unidades e serviços seguem em funcionamento sob a nova gestão, com expansão de operações e melhorias estruturais.

A Mãe Terra, produtora de alimentos orgânicos, foi profissionalizada com o suporte da BR Opportunities atual X8 Investimentos, ampliando seus canais de distribuição e introduzindo produtos de maior valor agregado, como barras de cereais e granolas. A empresa registrou um crescimento de receita de 35% ao ano e foi vendida para a Unilever, consolidando sua expansão no mercado de produtos saudáveis.

A Mosyle, uma startup de EdTech, cresceu significativamente com o investimento da DGF. A empresa internacionalizou suas operações e focou no mercado de gestão de dispositivos móveis (MDM). Entre 2015 e 2018, sua receita saltou de R$2 milhões para R$17,4 milhões, com EBITDA crescendo de negativo para R$9 milhões. O sucesso foi impulsionado pelo foco no mercado educacional e na expansão global. Atualmente, a empresa segue crescendo no mercado norte-americano, consolidando sua posição como líder em tecnologia educacional.

A Total Voice, líder em telefonia VoIP, foi adquirida pela Zenvia com o objetivo de ampliar serviços como chamadas por API e mensagens de voz automatizadas. Com o suporte da Bossa Nova, a empresa alcançou mais de 1.000 clientes em 2018, registrando crescimento mensal médio de 7,17% e margem bruta de 49,13% antes do desinvestimento. A empresa foi integrada à Zenvia após sua aquisição e atualmente as soluções de comunicação da Total Voice continuam sendo parte do portfólio da Zenvia.

A Yller Biomateriais, fabricante de materiais odontológicos, expandiu sua produção e mercado com o apoio da Crescera. Seus produtos passaram a ser vendidos em mais de 400 distribuidores no Brasil, com exportação para mais de 20 países. O faturamento cresceu 300% em 2017 e 26,5% em 2018, atingindo R$4,5 milhões, consolidando sua presença no segmento odontológico. Atualmente a Yller continua em operação e expandindo sua presença no mercado odontológico, exportando produtos para mais de 20 países.
Nossos programas
Conheça os programas da ABVCAP, voltados à internacionalização do capital privado brasileiro, à promoção da diversidade na indústria de investimentos alternativos e à geração de oportunidades para jovens talentos. Iniciativas como o inBrazil e Contrate um Jovem fortalecem o ecossistema com impacto social e visão de longo prazo.