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No Sul, o pioneirismo da CRP | Entrevista com Clovis Meurer Adicionado em 01/09/2020
 
A CRP Companhia de Participações foi fundada em 1981, antes mesmo das normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para os fundos de Private Equity e Venture Capital. O objetivo era investir em negócios que surgiam nas áreas de computação, equipamentos e softwares. “Muitos empreendedores, naquele momento, saíram de universidades e começaram seus negócios, numa indústria diferente dos padrões usuais e tinham dificuldades de conseguir financiamento e recursos”, explica Clovis Meurer, diretor e sócio na gestora.

Ao longo desses mais de 30 anos, a empresa acompanhou as mudanças do setor de tecnologia no Brasil e ampliou seu portfólio. “Fazer a gestão de investimentos em Venture Capital e Private Equity traz uma enorme motivação, porque você sabe que o dinheiro será empregado num processo que irá gerar emprego, renda e arrecadação de impostos, além de um produto de qualidade e novas tecnologias”, comenta.

No início, a CRP investia apenas no Rio Grande do Sul, depois ampliou sua atuação para os demais estados da Região Sul e São Paulo.


1. Quais os atrativos da região Sul para as empresas de Private Equity e Venture Capital?

A Região Sul sempre foi uma região muito empreendedora. Uma parte importante que representa suas conquistas é vista hoje na faixa do oeste brasileiro, do Paraná ao Maranhão, passando por Mato Grosso e demais estados, onde estão grandes empresas construídas por um movimento migratório partindo do Sul.

A força da Região está associada a um nível educacional muito forte, com boas faculdades nas diversas profissões. Várias das universidades aqui criaram centros tecnológicos, incubadoras, aceleradoras, e nelas há muita pesquisa, inovação e empreendedorismo.

Havia, na criação da CRP, uma demanda apropriada para receber recursos na forma de equity e isso persiste até hoje. Em Santa Catarina, já temos mais de um fundo que opera por lá – é um estado que tem mostrado núcleos tecnológicos e de inovação muito importantes.


2. Onde estão os principais polos de inovação e negócios na Região Sul?

No Rio Grande do Sul, temos um polo forte dentro da PUCRS, o Tecnopuc, assim como o Tecnosinos, também ligado a uma universidade. Há outros polos como na Feevale, em Caxias do Sul, Santa Maria e Pelotas. Em Santa Catarina destaca-se Florianópolis, pelo seu centro universitário, mas também Joinville, Blumenau, Vale do Itajaí e Chapecó. O Paraná, por fim, está se destacando muito com várias regiões de negócios, e não é só Curitiba, mas a região oeste como Cascavel e Maringá também, pois são regiões fortes em tecnologia e inovação.


3. A CRP investe em empresas na Região Sul e em São Paulo. Quais as particularidades dessas duas regiões?

Existem diferenças para o bem e para o mal. São Paulo é o centro do País para negócios, tem o maior PIB, maiores fortunas, maiores companhias e maiores bancos. Tudo converge para São Paulo. Quando você está no Sul e quer captar recursos, você tem um maior custo logístico. O investidor estrangeiro, por exemplo, vem olhar o Brasil mas não sai de São Paulo muitas vezes, pois na cidade ele faz uma agenda mais produtiva.

A vantagem de estar fora do eixo Rio-São Paulo, no entanto, é ter mais domínio do local e conhecer melhor suas vocações. A gente conhece de perto a classe empresarial e a origem do empreendedor.

Independente das vantagens de um e outro, é importante notar que nossos investidores não são só regionais. Há investidores do eixo Rio-São Paulo, fundos de pensão, agências e bancos de desenvolvimento e investidores estrangeiros que têm seus recursos aplicados na Região Sul também.


4.  Internacionalizar as empresas em que investem é um objetivo da CRP? 

Sempre! É da essência da atividade de investimento que a gente faz escolher negócios que se multipliquem e tenham mercado nacional e universal.

O empreendedor, para receber um aporte, tem que atender a cidade, o estado, o país e, se possível, o mundo. Nós investimos numa empresa de games, por exemplo, que está dentro da Tecnopuc, mas seus jogos não são vendidos só no Rio Grande do Sul, por óbvio; a maior parte vai para o mundo todo. Empresas investidas na região se expandem para todo o País e exterior.
  

5. Quais os critérios usados pela CRP para definir o seu portfólio?

Historicamente somos multisetoriais e sempre investimos minoritariamente. Nunca quisemos ter o controle acionário ou comprar 100% de uma empresa. Também não tivemos um fundo que fosse só de um setor específico. Investimos desde empresas industriais, até empresas tecnológicas.

Temos experiência em montar portfólio para fundos alinhados aos interesses dos investidores. Já tivemos fundos de seed capital, de Venture Capital, para growth capital e de Private Equity.

Em suma, tem que ter um bom produto ou uma boa tecnologia. Mas destacando duas coisas fundamentais: os empreendedores e seus times por trás do negócio, pois este é o fator de sucesso; e vislumbrar um mercado grande que se tem potencial para atingir.

Fonte: ABVCAP News | Setembro 2020


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