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Venture Capital | Como os fundos de venture capital estão reagindo à pandemia? Adicionado em 23/06/2020
 
A crise causada pelo novo coronavírus lançou o mercado global em uma recessão sem precedentes. “Os impactos causados pela pandemia levaram à retração mais acentuada dos mercados financeiros da história”, diz Nick Candy, vice presidente do Silicon Valley Bank. Segundo ele, o índice S&P 500 caiu 31% em apenas um mês. Ele particiou de um evento virtual organizado pela BayBrasil, que reuniu investidores brasileiros e norte-americanos com o objetivo de analisar o futuro do venture capital no Brasil durante esse período de incerteza.

Em meio a um cenário tão incerto, é de se imaginar que fundos de investimentos mudem suas estratégias. É o que afirma Iris Choi, do fundo de investimentos Floodgate. “O momento vai contra a nossa visão anterior, em que o capital tinha como objetivo ajudar um negócio a superar seus competidores. Agora, o investimento visa fazer com que uma empresa sobreviva por mais tempo que sua concorrência”, diz.

Segundo a executiva, empreendedores precisam se preparar para enfrentar uma escassez de capital durante os próximos três anos. Para isso, é necessário fazer um gerenciamento preciso do caixa ou até mesmo buscar outras atividades da empresa que possam ser monetizadas.

Apesar de não prever um hiato de investimentos tão longo como Iris Choi, Steve Schelenker, co-fundador da DN Capital, compartilha a ideia de que empresas devem buscar alternativas durante esse período de crise. “É um momento de repensar o ‘roadmap’ dos produtos, de forma a ressignificá-los para o nosso cenário atual”. Ele usa como exemplo empresas especializadas em móveis que, nesse momento, estão adequando seus negócios para atenderem às necessidades do home office de seus clientes.

Oportunidades

Para Iris Choi, mais importante que captar novos clientes nesse momento é manter os consumidores que já fazem parte da base de cada empresa. Para a executiva, também é um período propício para o surgimento de novos negócios que visam a inovação. “Dizem que recessões são bons momentos para empreendedores ascenderem. Mas eu digo que não são as recessões que criam as oportunidades, elas apenas trazem à superfícies necessidades que já existiam no mercado,” afirma.

A telemedicina é um exemplo de setor que deve ganhar importância no período, assim como qualquer tecnologia que facilite a comunicação e consultoria remota. Já para Schelenker, o momento acelerou a transformação digital das empresas. Portanto, plataformas que facilitem a adaptação das corporações a essa nova realidade são vistas com bons olhos.

E o Brasil?

Para Erick Archer, da gestora de venture capital Monashees, empreendedores brasileiros devem se manter otimistas. “Conversamos com muitos investidores, e eles dizem que continuam interessados em investir no mercado brasileiro.” A crise pode gerar um hiato nos investimentos, mas, de acordo com o executivo, isso deve ser normalizado nos próximos meses.

Para Anderson Thees, da Redpoint Ventures, a importância do Brasil na economia latino-americana e o potencial de oportunidades do país ajudam a manter os investidores interessados. No ano passado, o país recebeu 50,5% dos aportes na América Latina. Nesse contexto, o ecossistema brasileiro também se destaca por estar cultivando empresas mais maduras e capazes de começar a competir por capital em escala global, ressalta Thees.

Fonte: Época Negócios


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